1º de agosto, Dia Mundial da Amamentação


Amamentação é um dos momentos mais sublimes entre uma mãe e um filho. É um gesto de pura ternura e entrega, onde a mãe se doa ao filho como alimento; é simplesmente um momento mágico, valorizado por todas as culturas, em todos os tempos.
Para comemorar este ato de amor, a WABBA (World Alliance for Breastfeeding Action – Aliança de Ação Mundial Pró-amamentação) instituiu em 1992 o dia 1º de agosto como o Dia Mundial da Amamentação, com o intuito de promover o exercício da amamentação natural e combater a desnutrição infantil.

O aleitamento materno é considerado pelo Ministério da Saúde (MS) como mais antiga estratégia natural de vínculo, proteção e nutrição para a criança e, constitui a mais eficaz e econômica intervenção para redução da morbimortalidade infantil.

Conforme o MS, apesar dos esforços dos diversos organismos nacionais e internacionais para favorecer o aumento na prática do aleitamento materno no Brasil ao longo dos últimos vinte e cinco anos, as taxas estão aquém do recomendado, especialmente quando se refere à amamentação exclusiva.
 A Organização Mundial da Saúde (OMS) esclarece que o leite materno tem tudo o que o bebê precisa até os seis meses, inclusive água e, recomenda que eles sejam amamentados até os dois anos de idade. Além disso, o leite funciona como uma vacina, protegendo a criança de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias e ainda garante a saúde, imuniza contra doenças crônicas, problemas cardiovasculares, diabetes, hipertensão e osteoporose.

Como se não bastassem todos estes benefícios, o ato de amamentar garante a boa formação óssea nos recém-nascidos e fortalecem os laços maternos. Luzinete Silva, a mãe da pequena Ludimila de 20 dias de vida, revelou que para ela o ato de amamentar é muito importante, pois é neste momento onde é percebido o forte vínculo de amor. “Apesar da dificuldade inicial para amamentar é muito gratificante saber que um ser tão indefeso e frágil necessita de você para se alimentar”, confessou emocionada a mãe de primeira viagem.

Outra coisa que as mães precisam saber é que o leite materno não é tão homogêneo: o leite do início da mamada é mais líquido, tem mais concentração de água, proteínas e açúcares e sua principal função é matar a sede - por isso não é preciso dar água.

Já o leite do final da mamada é mais rico em gordura e é o que faz o bebê crescer e engordar, daí a importância de deixar a criança mamar bastante, até esvaziar o seio.

O aleitamento ainda é vantajoso para as mães porque acelera a recuperação de todo processo gestacional, faz com que o útero retorne ao seu tamanho e localização inicial mais rápido e ainda emagrece.

Problemas que podem fazer com que a mãe desista  de amamentar

Fissuras do mamilo – bico do peito rachado


Acontecem pela má posição da criança quando mama, impedindo-a de fazer uma sucção correta.

Como evitar
Expor os mamilos ao Sol, usar sutiã de algodão com orifício para o mamilo, passar bucha sem sabão nos seios durante o banho, não passar hidratante no mamilo, lavar os mamilos com o próprio leite, mudar a posição bebe nas mamadas. Em casos graves, suspender a amamentação, ordenhando a mama para o bebê.

Ingurgitamento mamário – peitos muito cheios e doloridos

Como evitar
Amamentar logo após o parto verificando se o bebê mama em posição correta, retirar excesso de leite manualmente, usar sutiã firme e confortável, aplicar compressas geladas sobre os seios, massagear em círculos a começar do mamilo para o resto do seio. Atenção: compressas quentes melhoram o desconforto no momento mas pioram a longo prazo, já que o calor estimula a produção de leite; o mesmo vale para banhos muito quentes.

Mastite – inflamação da mama
Aparece com febre, dor na apalpação, pus e mamas quentes.

Como evitar
Deixar a criança mamar livremente e na quantidade dela e verificar a sua posição correta. Se não mamar tudo, esvaziar a mama por ordenha, aplicar compressas molhadas antes de cada mamada também ajuda.
Ducto bloqueado – leite empedrado
Acontece quando não se esvazia completamente um ou mais canais, ficando endurecido e impedindo a passagem do leite, causando dor no local.

Como evitar

Verificar a posição correta do bebê variando sua posição e que seja mais frequente do lado doloroso, fazer massagem em círculos da aréola para o restante dos seios.

Posição correta para amamentar
De um modo geral, pediatras recomendam deixar a cabeça do bebê o mais elevada possível, mantendo-o inclinado. Essa inclinação pode ir aumentando à medida que a criança vai ficando mais firme. A princípio, apoiar com travesseiros e almofadas, principalmente sob o braço onde a cabeça da criança estiver descansada ajuda a manter a posição.

Segundo a recomendação do SUS, presente nos cartões de vacinação, "a posição correta é aquela em que tanto a mãe quanto o bebê se sintam confortáveis

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